O Instituto Jacare teve e oportunidade de estar apresentando o trabalho realizado no Rio de Janeiro junto ao grupo especialista de crocodilianos da IUCN em setembro de 2010. A reunião aconteceu em Manaus, Brasil, com intuito de discutir lições de aprendizado com o manejo de crocodilianos, propostas de manejo e uso sustentável de crocodilianos, criação e conservação de jacarés e crocodilos no mundo inteiro. Especialistas de todas as partes do mundo se encontraram em Manaus, e o Instituto Jacare esteve presente. Com especialista no jacaré de papo amarelo, nós não poderíamos deixar de levar nossos estudos e casos para discutir e comunicar em nível global os acontecimentos, descasos, falta de informação e a problemática para conservação do Caiman latirostris (jacare de papo amarelo) no Rio de Janeiro.
O Jacare de papo amarelo vem sofrendo com a fragamentação de seus hábitats e a poluição, mas a principal ameaça é o descaso público quanto a conservação dos jacarés. Os Parques continuam soltando animais, e apresentam um historico enorme de solturas indiscriminadas. Jacarés que são capturados em todos as localidades do Rio de Janeiro são trazidos para o parque Chico Mendes e soltos nas lagoas. A secretaria não se interessa em retornar esses animais para suas origens e o bombeiro muito menos. Logo, a população de jacares esta bastante comprometida. O instituto jacare tenta fazer contato e apresentar seus resultados e propostas no município a mais de 1 ano, porém, ninguem se interessa, responde ou se manifesta. Muitos emails foram enviados, e nenhuma resposta foi dada.
Foto acima, jacaré conhecido como Chicão, morto em 2007 de inanição (fome) devido a maus tratos da antiga gestão do Parque Chico Mendes. Ineficiencia de trabalho e falta de treinamento com jacares em cativeiro. O caso foi comentado e discutido pelo biologo Ricardo Freitas (Instituto Jacare) para o gestor da época, e foi passado informações sobre perda de peso e alimentação indevida que estava sendo realizada no parque, porém, o que conseguimos em alertar foi: escutar que estava me metendo em trabalho alheio e nao era de minha competencia. Resultado: Um jacare de 2,20 metros morto de inanição (um recorde, pois jacares e crocodilos podem ficar sem se alimentar durante meses com facilidade, o que indica que os maus tratos e local de condicionamento sem manutenção, limpeza e alimentação devida levaram o animal a morte).
Estamos em vias de perder nossos jacarés e mantermos apenas alguns indivíduos de origem desconhecida. Será que é isso que queremos??A falta de informação para a população é um risco enorme para a conservação dos jacares, pois muitos acreditam no trabalho de excelencia realizado nos parques e Unidades de Conservação, quando na verdade estes são os principais responsáveis pelo comprometimento e risco de perda das populações naturais de jacares no municipio do Rio de Janeiro.
Nós estamos trabalhando duro em prol de obter resultados e recursos para a conservação dos jacarés. Mas sem apoio público, político e social, esse trabalho se torna cada vez mais dificil. O Instituto Jacare trabalha sem receber lucros algum quanto aos estudos realizados em jacarepagua e no estado do Rio de Janeiro, mas parece que é o único preocupado com as populações naturais de jacares em meio urbano no município. Esta na hora de começarmos a agir, alias, creio que já passou da hora.
Vamos fazer o que??
Ficar ai parado??
Vamos exisgir dos órgãos públicos uma ação. O Instituto consta com profissionais e especialistas em crocodilianos e esta atuando em jacarepagua a mais de 5 anos. E pede a colaboração e apoio de todos os moradores, visitantes e interessados para fiscalizar (inclusive os parques) e monitorar as ações que estão sendo realizadas nas lagoas.
SOS Jacaré pagua - ambos pedem socorro.
